domingo, 3 de dezembro de 2017

A Lua, o Sol, tu e a chuva




A Lua, o Sol, tu e a chuva


Deita-se o Sol
a poente, a nascente 
ergue-se a Lua...

Lua de ventre tão cheio
que de enigmas se foi enchendo,
de mistério agora cheio...

De um ramo de uma antiga oliveira
onde com o tempo devagar vou subindo
pergunto-lhe quando traz ela chuva...

De encolher seus ombros,
dos mistérios o seu gesto imperceptível,
senti que nem ela sabia...

E, então, ela naquele enigma doce ali tão perto,
pergunto-lhe se o Sol, seu dual companheiro, saberia.
Diz-me, olhando, que já nem ele sabia ao certo...

Olhos nos olhos: Então, Lua!...
Responde ao meu rosto com o seu:
Olha-te, talvez seja culpa tua...


José Rodrigues Dias, 2017-12-03

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